quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Dia de Greve.

Hoje bem que gostaria de vir aqui escrever um post a vociferar por causa dos efeitos da greve na minha rotina diária, mas infelizmente, tal não vai acontecer.
Estou desempregada, a estudar, e como tal, o dia está a ser passado em casa, à volta das habituais tarefas domésticas, do estudo e da minha já estóica procura por um emprego.
No entanto, coloco-me uma questão, se estivesse a trabalhar, faria greve? Ora vejamos.
Se por um lado concordo com todos os motivos e mais alguns para se fazer esta, e outras possíveis greves,  por outro, teria que contabilizar outros factores como por exemplo, o impacto que um dia a menos trabalhado iria ter no meu ordenado, pois o dinheiro está cada vez mais caro e raro. 
Outra questão a considerar seria, como chegar a Lisboa?
Visto que o sector dos transportes é o que mais adere às paralisações, teria que ir de carro, o que seria sem dúvida uma experiência do Inferno. Tentar entrar de carro em Lisboa em dias de greve, significa: saber de antemão que há 70% de probabilidade de se chegar atrasado ao trabalho, ter paciência de santo para sobreviver ao trânsito de ida e volta, ter muita fé em conseguir arranjar lugar para estacionar o carro e saber que se o que se vai gastar em combustível daria para uma semana inteira de viagens.
No fim de tudo isto, e sem conclusão à vista, resta-me dizer que preferia mil vezes estar a ralar-me com estas questões do que estar apenas a teorizar sobre elas.

11 comentários:

  1. Entendo-te! Eu não faria...mas custava-me!

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  2. Pois eu não fiz greve. Como todos sinto na pele os motivos da greve, mas não me posso dar ao luxo de ver um dia descontado no meu vencimento. Eu vou trabalhar doente, para não perder dias de vencimento! Depois há a outra questão: o que é que as greves resolvem? Nada!Para mim, greve é estar no posto de trabalho e recusar-me a trabalhar e não, aproveitar uma falta justificada para ir passear ou fazer quaisquer outra coisa...
    Os sindicatos que recebem dinheiro dos trabalhadores, que pagassem o dia de trabalho aos trabalhadores. Acredito que aí teriam uma greve com 100% de adesão, pois não há ninguém que não tenha motivos para protestar. à excepção da classe política no poder...
    Beijinhos

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  3. Tenho-te a dizer que saí do centro do Montijo, entrei na ponte Vasco da Gama, atravessei a Segunda Circular, entrei no IC19, saí para os Cabos de Ávila e entrei no meu emprego em 30 minutos. Demorei menos 5 que o costume e a velocidade foi menor que a normal... E não apanhei pontinha de trânsito!

    Não fiz greve porque não posso mas, mesmo que pudesse, acho que não faria na mesma. Não sou, nunca fui e nunca conseguirei ser um eterno descontente, porque acho que o resultado do meu trabalho (ordenado) deve ser medido pela qualidade do meu trabalho e não pela força que o meu sindicato tem ou pelas regalias que historicamente a minha classe profissional tem.

    Resumindo, não sou chulo.

    Quando estou descontente, vou direitinho ao meu patrão queixar-me e, se esse patrão não liga nenhuma à minha queixa, só tenho um remédio... Que é mudar-me para melhor. O patrão desses manifestantes é a CGTP. E eu gosto pouco de "Marias-que vão-com todos".

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  4. olha Miss Lizzie, somos as duas, estamos em casa à procura de trabalho, de certa forma concordo com a greve, embora eu ache que não vai levar-nos a lado nenhum!

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  5. Também estou em casa na mesma situação. E concordo com o comentaria da Ana Martins acima.
    Beijinhos grandes.

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  6. não é só a questão de o dia de greve ser descontado. nas empresas privadas, o departamento de RH pede sempre às chefias uma listagem das pessoas que aderiram à greve. não estou a dizer que as pessoas são castigadas. simplesmente podem não ser consideradas em altura de renovações de contrato.

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  7. Eu vim trabalhar, até porque tive transporte!
    Estas greves não nos levam a lado nenhum! Ainda está para nascer a primeira que eu assista que dê algum resultado!!

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  8. Eu tive de trabalhar, mas concordo com o descontentamento das pessoas. E espero que arranjes trabalho o mais rápido possível.

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  9. Sim, efetivamente antes tivesses motivos para te preocupar com estas coisas neh?

    Honestamente, e assim de uma forma meio à bruta, sou contra estas palhaçadas todas. É como dizes, percebo perfeitamente o motivo pelo qual elas são feitas, mas acho que 80% desta gente está a lutar por "motivos errados". Nem é a lutar... mas mais a falar sem ter motivos. Somos o povo do deixa andar, tá tudo bem... Havemos de nos arranjar enquanto não nos faltarem luxos e viagens e roupas novas para mostrar. Há muito boa gente por ai que pura e simplesmente não quer trabalhar e, muitas vezes, são esses os primeiros a sair à rua para se queixar. Também há muita gente a passar efetivamente mal, tenho a certeza... Mas também há outros tantos que falam mais do que fazem...
    Oh well...! :)

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  10. Pois... infelizmente há muita gente como tu. Mas não percas a esperança.
    De qualquer maneira, e em relação à greve, eu também não sou contra, mas não ganho o suficiente para fazer greves.

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Dizei de vossa justiça minha gente :)